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Minha paixão pelo esporte iniciou na infância


Minha paixão pelo esporte iniciou na infância


Tudo começou aos 4 anos, sempre fomos sócios e assíduos da SR Mampituba, quando me matricularam na Escolinha de  Natação. A família do meu pai tem um histórico, uma tradição na prática desportiva de competição. Meu tio Antonio Scherer disputou brasileiros de Xadrez e Tênis de Mesa, seus 3 filhos tiveram muito destaque: Eduardo (Tênis de Campo), Marcelo (Remo) e Fernando ‘Xuxa’ (medalhista olímpica em natação). Meu primo Marcelo também foi nadador do Clube Doze Meu pai, Toninho, foi atleta (goleiro) de Futsal do AD Colegial e treinou nos profissionais do Figueirense, além de tenista nas horas vagas. Minha primeira parada foi na Natação.


Como era muito nova, não queria tirar o dedo do nariz, acabei pedindo pro meu pai pra desistir, porque era bem teimosa. Depois resolvi voltar a tentar, começando a competir natação pelo Mampituba. Cheguei a participar de competições em outros municípios, entrando para a equipe de treino e de rendimentos, aos 9 anos. A rotina era diária, inclusive aos sábados pela manhã, cedinho.


Então, todas as minhas amigas do colégio acordavam tarde no sábado, ficavam assistindo TV Globinho, não entendia porque tinha que acordar ‘de madrugada’ para treinar. Se me perguntassem  naquela época qual era o meu sonho, seria de ficar na preguicinha em casa no sábado. Como sempre fui muito disciplinada,  sabia que ficando em casa de pijama, acordando às onze da manhã, não iria me levar a lugar algum. Então sempre fui com 'boa vontade' pros treinos de natação, me dedicando muito.


Aos 11 anos, na pré-adolescência, cansei daquela rotina, demonstrando a necessidade de mudança. Meu pai disse: “bom, então escolha outra modalidade, porque sem esporte tu não vai ficar.” E assim, morando na zona rural de Urussanga, longe do clube, da escola (Criciúma), optei pelo Tênis de Campo por ser mais feminino  seduzida pelas roupinhas bonitinhas e coloridas.


O Tênis é um esporte muito difícil, de movimentos finos, envolvendo muita coordenação motora, agilidade e combinação de movimentos. Aos 13 anos comecei com as  primeiras competições estaduais e segui durante todo o Ensino Médio no Colégio Marista, treinando todos os dias e jogos nos finais de semana. O Mampituba acabou criando uma equipe de alto rendimento com preparação física e outros profissionais que, se  começar a citar os nomes aqui, poderei ser injusta, porque realmente teve muita gente boa na minha formação como atleta.
Aos 18 anos atingi o meu auge no Tênis, chagando a 10ª posição no Ranking Juvenil da Confederação Brasileira de Tênis, participando inclusive de uma final de etapa do SulBrasileiro, em Florianópolis, na Federação Catarinense de Tênis, na Beira-Mar Norte. Dos 14 aos 18 anos o Tênis teve um espaço especial no meu coração, fazendo parte da minha formação. Além de dobrar a minha disciplina, participei do time da Fundação de Esportes de Criciúma. Representei o município em várias competições estaduais importantes, como a OLESC (bicampeã), Joguinhos Abertos (Vice-Campeã), os Jogos Abertos em Itajaí (5ª colocação) e Joaçaba.
Naquela época, a P. M. de Criciúma tinha o programa Bolsa Atleta, concedendo para quem ganhasse medalha de ouro numa competição da Fesporte/Gov. Estado 100% de bolsa de estudos em algum colégio particular, ou 1 salário mínimo. Prata seria 75% e bronze 50%. O esporte me exigia, mas recompensava.


Aos 15 anos, me sentia diferente perante minha amigas pois,  enquanto estudava, treinava, jogava e viajava pra todo lado, as gurias estavam se divertindo em festinhas e viajando pra Disney comemorar seus 15 anos. Meus pais sempre falavam: “não temos dinheiro para viagem de princesa, mas para esportes e estudos, está liberado”. Dito e feito ! No lugar de ir pra Disney/Nova York, fazer uma viagem de diversão e compras, eles me deram 2 viagens aos 15 anos. A primeira para 4 semanas na Califórnia/USA para estudar ter contato com o idioma. Depois, me inscreveram no Programa Nanda Kids, numa pré-temporada de treinos e torneios na Florida/USA. A minha vida e cabeça mudaram com o convívio diário com outros jovens tenistas de todo o Brasil. Fiquei 1 mês na casa do Carlinhos Alves, que foi um dos primeiros treinadores do Guga, uma lenda de Florianópolis. Competi nos maiores campeonatos juvenis de tênis do mundo: Orange Bowl e o Eddie Herr (IMG), representando o Brasil. O meu nível não chegava nem perto das estrangeiras, todavia o que menos importava eram os resultados, e sim o aprendizado. Detalhe: meus pais foram se encontrar comigo e passeamos por toda a Florida, inclusive na Disney.


Aos 16 anos, as atenções incluiriam também o Ensino Superior. Uma das opções seria conseguir uma bolsa de estudos em alguma universidade americana. Comecei então a focar neste objetivo, a cursar Business com subsídio pelo esporte, estudar, treinar e jogar.. Comecei a fazer um intensivo de inglês particular, preparação para o TOEFL e o SAT.


Recebi algumas propostas de universidades, mas nenhuma era 100%. Acabei optando por iniciar o curso de Ciências e Tecnologia de Alimentos/UFSC, aqui em Florianópolis, pois sempre fui apaixonada pela área dos alimentos.


Em Florianópolis, durante a graduação me dediquei ao Beach Tennis e ao Clube de Corridas/Formaco, tendo participado de inúmeras provas de diversos formatos e distancias. Durante a Pandemia, tomei coragem para encara o desafio de ser Triatleta, fazendo parte da equipe de alto rendimento rendo participado dos Jogos Abertos, em São José. Ainda tenho um sonho, dominar uma prancha de surfe descendo e subindo as ondas do mar. Sou nova, sei que vou conseguir.

Avante !

 

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